terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Por que "Neuropsicoteologia"?

Antes de explicar essa nova terminologia, faz-se necessário destrinchar um pouco, separadamente, cada termo, e assim facilitar o motivo e o objetivo desse blog, ok? Vamos lá!

O primeiro termo que eu gostaria de iniciar explicando seria sobre a neurologia, ou seja, é a especialidade médica que trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso, especificamente, ela lida com o diagnóstico e tratamento de todas as categorias de doenças que envolvem os sistemas nervoso central, periférico e autônomo, incluindo os seus revestimentos, vasos sanguineos, e todos os tecidos efetores, como os musculos. Um pouquinho complicado não? Principalmente se não tivermos um pouco de conhecimento de anatomia ou uma boa base de biologia, no que tange ao sistema nervoso.

Que tal falar agora um pouco sobre psicologia? A psicologia vem do grego Ψυχολογία, que transliterado temos  psykhologuía, de ψυχή, psykhé, "psique", "alma", "mente" e λόγος, lógos, "palavra", "razão" ou "estudo". Em suma, entende-se por psicologia como ciência que estuda o comportamento (tudo o que organismo faz) e os processos mentais (experiências subjetivas inferidas através do comportamento)". O principal foco da psicologia se encontra no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada, também desempenha um papel importante.

Por último, falaremos de Teologia, termo esse visto por muitos. A palavra Teologia também vem do grego θεóς, que transliterado temos theos = "divindade" + λóγος, logos = "palavra, por extensão, "estudo", análise, consideração, questionamento sobre alguma coisa ou algo. No sentido literal é o estudo sobre deuses. A origem histórica do termo em questão nos remete à Hélade, também chamada de Grécia Antiga. Era utilizada inicialmente para descrever o trabalho de muitos poetas, que tentavam dar uma noção de como eram os deuses. Os teólogos eram os que faziam poesias sobre os deuses e sobre seus feitos, suas virtudes, suas emoções, sua vida particular e também seus vícios e erros. Entretanto, não era uma análise sobre os deuses e, sim, uma narração dos feitos deles que se pareciam com os feitos humanos e as virtudes dos mesmos. Somente na idade medieval - a Idade das Trevas - é que o termo deixou de lado o conceito poético e passou a ser considerado como assunto de inquirição existencial e filosófica.



Que tal falar um pouco sobre a junção de neuro + psico? Temos então a neuropsicologia, ou seja, é uma interface ou aplicação da psicologia e da neurologia, que estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano, contudo praticamente dedica-se a investigar como diferentes lesões causam déficits em diversas áreas da cognição humana, ou tal como denominado pelos primeiros estudos nesse campo, estuda as funções mentais superiores, deixando áreas como agressividade, sexualidade para abordagens mais integrativas da fisiologia e biologia (neurobiologia, neurofisiologia, psicofisiologia) ou melhor da neurociência. Entre as principais contribuições desse ramo do conhecimento estão os resultados de pesquisas científicas para elaborar intervenções em casos de lesão cerebral, quando se verifica o comprometimento da cognição e de alguns aspectos do comportamento. Essa nova modalidade é atribuída ao psicólogo canadense Donald Olding Hebb (1904-1985).

Por hoje, concluíremos com a junção de neuro + psico + teologia, surgindo então a neuropsicoteologia. Esse novo ramo da ciência é recem criado, haja vista que os cientistas descobriram que as pessoas que de alguma forma ou outra tenham alguma crença em qualquer "religião"conseguem se restabelecer psicologicamente de qualquer transtorno mental ou fisiológico, por acreditar que "um ser supremo" é capaz de operar diretamente ou inderamente (através da ciência, dos médicos e remédios) concedendo-lhe a "cura", "restabelecimento". Existem estudos avançados sobre tal assunto, vale a pena acessar o site da "Revista Saúde" sobre tal tema: http://saude.abril.com.br/edicoes/0320/bem_estar/conteudo_533899.shtml  Lá vocês compreenderão melhor a atuação de um "Neuropsicoteólogo". Não existe ainda graduação de nível superior, pós-graduação ou extensão universitária a respeito dessa nova modalidade da ciência, todavia, muitos profissionais (psicólogos, psicanalistas, assistentes sociais, médicos, etc.) estão se interessando sobre o assunto, e creio não muito distante haver uma graduação a respeito desse novo ramo do conhecimento humano.

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