quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Um pouco de loucura faz bem para saúde!

O que você acha dessa afirmativa? Será que está "louco" de vez em quando faz bem a saúde? Vejamos a seguir.
A loucura, conhecida também como "insânia" é segundo a psicologia uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados " anormais" pela sociedade. Em outras palavras, loucura seria considerada como resultado de uma doença mental. A verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psicopatologia.

Agora observamos algumas visões sobre loucura:
a) Para alguns estudiosos, a loucura de um sujeito não está na mente (doença mental), mas pode simplesmente ser uma maneira diferente deste indivíduo ser julgado pela sociedade. Humm! interessante não? Quer dizer que, caso alguém venha agir ou se comportar de forma não "convencionado" por uma determinada cultura ou sociedade, ela pode ser "tachada" de "louca", a exemplo de alguém que muito feliz, age de forma diferente de que fora convencionado entre os demais do grupo, ou seja, pula, sorrir em demasiado, grita, gesticula, etc., pode ser interpretada como "não normal".

b) Para outros, loucura seria a pessoa agir estranhamente agressiva aos demais de seu convívio, podendo se tornar perigosa perante o grupo, e com isso é isolada ou mesmo internada compulsoriamente. Neste caso, a legislação do nosso país prevê algumas medidas jurídicas para resguardar as pessoas ditas normais, e caso seja constatado a insanidade de um indivíduo por profissionais de saúde mental, o indivíduo tem revogado suas obrigações legais até seu possivel restabelecimento mental.

c) A loucura também pode ser tido como " psicose" como é chamada tecnicamente, ou seja, é quando se perde ou diminui de forma importante o contato com a realidade, isto é, os conteúdos da mente prevalecem sobre a capacidade de incorporar a realidade. Por exemplo, temos como principais características de uma pessoa "louca" as alterações de pensamento (delírios){ela cria novas realidades, como dizer que é Napoleão, ou mesmo Deus}, de percepção (alucinações auditivas e visuais ){ouve ou vê coisas que não existem}, afetivas (ansiedade exagerada, embotamento afetivo etc) e manias.

Caso fóssemos falar sobre loucura nesse blog, passaríamos o tempo todo abordando os seus significados, as correntes científicas que se debruçaram sobre esse fenômeno, dentre outros aspectos bastante interessantes, mas, o que me proponho mesmo aqui falar é da "loucura" entendida na alínea a) no início dessa abordagem, ou seja, daquela que o indivíduo é considerado "anormal" por não agir em conformidade com a sociedade ou com a convenção do grupo. Nesse aspecto, a "loucura" é tida como uma "válvula de escape" para determinada situações que o indivíduo se sente "oprimido", "castrado", "aprisionado moralmente", ou mesmo para extravasar tensões emocionais contidas há muito em sua mente. Para tal, existem diversas desculpas, talvez não saudáveis para que o indivíduo tente justificar seus modos "estranhos" de agir, outras não tão nocivas, que tragam um certo bem estar. Dos comportamentos reprovados temos por exemplo o adultério (infidelidade conjugal), a gula (o descontrole do ato de se alimentar), o alcoolismo, a jogatina (compulsão em jogos de azar), daqueles menos nocivos temos pessoas que buscam viajar constantemente, fazer muitas compras (compulsivas), participar de baladas com pessoas estranhas, dar gritos inesperados, falar sozinho (com seus pensamentos), etc. A pergunta que se faz diante desses quadros e outros não abordados nessa perspectiva é: Quem nunca fez uma loucura em sua vida? Daquelas que as pessoas chegam a comentar: Eu não pensava que você fosse agir ou fazer tal coisa! Ah, bem que de vez em quando é bom fazer uma loucura nesse sentido, não é? Desde que preserve a sua integridade e vida, bem como a do seu próximo, mas rompendo certos conceitos, pré-conceitos, quebrando certos tabus e paradigmas, ah, como isso nos faz bem a nós, não é verdade?

Na história do mundo, e até mesmo na Bíblia Sagrada, diversos foram os personagens que se destacaram não por suas habilidades ou virtudes, mas também por quebrarem determinadas convenções impostas pelos homens (grupo). Na Bíblia Sagrada temos um exemplo de Davi, menino pastor, escolhido por Deus para ser Rei de Israel, o qual derrotou o gigante Golias (filisteu), dentre outras façanhas, e quando de sua entrada em Israel após a morte do Rei Saul, este que o perseguira por muito tempo, quer seja por motivo de inveja ou por ódio, Davi quebrou alguns tabus existentes naquele povo, o qual tinha sido convencionado, ou seja, de que na presença de Deus o homem deve se conter ou ter reverência a ponto de não fazer qualquer tipo de gesto que possa ser entendido como escândalo. Ora, Davi, segundo a Bíblia Sagrada, pulou, dançou, saltitou e jubilava, mesmo sendo reprovado por sua mulher Mical, haja vista que não era "normal" um homem, e ainda mais em se tratando de um rei, comportar-se daquela maneira, mas em seu coração, aquele ato de loucura o trouxe muita felicidade para si, uma sensação de bem estar e prazer, e Deus o aprovou por demonstrar tamanha sinceridade e alegria em seu coração, pois Davi estava por demais oprimido anteriormente pelas perseguições de seus inimigos, cercado de falsos amigos e acima de tudo por ser forçado a agir como "bom mocinho" aos olhos dos falsos moralistas daquela época. Naquele momento se revelava a essência humana de "liberdade". Toda essa passagem podemos contemplar no livro de II Samuel capítulo 6, versículos 13 a 16, vale a pena lê-los.

Pois é, devemos de vez em quando "praticar alguma loucura" para nos sentirmos "saudáveis", não de forma irresponsável ou apenas como um ato de repúdio, mas para nos sentirmos bem, daí o motivo de afirmar que "uma loucura de vez em quando faz bem a saúde". E você, o que acha?

3 comentários:

  1. Olá. Estranhamente não vejo outro comentário. O que posso comentar é que sempre gostei da loucura metafórica que vem da ousadia e sempre me assustei com a loucura que vem da demência. A tal loucura patológica.
    Fazer uma loucura de vez em quando é muito bom.
    Marcos

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  2. Cometer algumas loucuras não significa prejudicar a sociedade. Não precisa ser uma loucura extrema. Mas é importante , de vez em quando, romper com certas convenções que, se analisadas com frieza, não se justipicam.

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  3. Cometer algumas loucuras não significa prejudicar a sociedade. Não precisa ser uma loucura extrema. Mas é importante , de vez em quando, romper com certas convenções que, se analisadas com frieza, não se justipicam.

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